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domingo, março 27, 2005

Sinto-me Neste Dever

Tudo começou aqui, por causa desta carta, que foi uma resposta a um texto publicado aqui. Texto este que é público, pois é a transcrição de uma intervenção na Assembleia Legislativa Regional.
A Vera Moniz, membro do secretariado de ilha de S. Miguel da J.S.D. Açores, sentiu-se no seu direito de defender o seu partido, e a sua J.S.D. Acho muito bem. Os meios usados é que talvez não tenham sido os mais apropriados. Mas isto são outras histórias. A verdade é que eu não fiquei indiferente à carta aberta, e de certa forma entrei na história. Quem leu o meu artigo anterior está bem enquadrado (mais ou menos), quem ainda não leu, que o faça agora, e volte a este texto a seguir.
Sinto-me no dever de responder aos comentários ao meu texto “Protesto (porque a liberdade tem destas coisas) feitos pela Vera, da mesma forma que sinto que a Vera merece uma resposta, nem que seja pelo respeito que tenho por ela. E reparem, nem sequer a conheço, mas só o facto de ela ter vindo visitar o meu blog, merece o meu agradecimento. Em jeito resposta e agradecimento, cá vai:

Tenho um sorriso maroto nos lábios: sacaninha, a meter-se comigo por causa da cor do meu blog. Ai, ai... :) Estou mesmo a sorrir. Achei piada a este comentário da cor. Eu próprio tenho muitas peças de roupa neste tom. Mas para que a coisa não fique por aqui, que tal uma visitinha ao meu outro blog? É só sobre música, e fica aqui

Nunca disse que não defendo as ideologias do meu partido. Apenas disse, que poderei algum dia discordar de alguma coisa.
Se o P.S.D. tivesse ganho com maioria absoluta, só mesmo com uma grande maioria absoluta laranja é que a J.S. não teria nenhum deputado na assembleia. Se bem me recordo, o próprio presidente da J.S., Nuno Tomé, estava em sétimo lugar da lista candidata às eleições regionais do ano passado. É definitivamente um lugar elegível, mesmo sabendo que haveria o risco de não haver maioria absoluta do P.S. Acho que havia também um militante da J.S. em décimo-primeiro lugar.
Não sei como funciona no P.S.D., mas do que sei, no P.S. as coisas são assim: A J.S. propõe um conjunto de candidatos. O partido concorda ou não. Caso concorde com os militantes propostos, passa-se à discussão dos lugares que estes irão ocupar na lista. E também, segundo o que sei, a J.S. fez força para que os outros militantes não ficassem tão para trás na lista, pois a intenção da J.S. era mesmo ter uma representação activa no parlamento.
Nunca disse que a J.S.D. Açores não era uma voz activa na região. E quando digo voz activa na Assembleia, digo: Alguém da J.S.D. que seja deputado, e que fale em discurso directo, em representação de pelo menos todo o resto da J.S.D. Açores. Mas porque é que a J.S.D. Açores não fez uma maior força para que um, um pelo menos, militante figurasse nas listas em lugares elegíveis? Não era pedir muito ao partido.
As minhas fontes de informação são as mesmas para a Juventude Socialista, Juventude Social Democrata, Juventude Comunista, Juventude Popular, ou outra Juventude qualquer. Acredito que a J.S.D. Açores tenha feito, ou tentado, ou tentará fazer tudo em nome da juventude açoriana, ainda bem. Mas no passado recente não me lembro de nada. E isto é que é estranho.
Aquela história de ser ou não licenciado, prende-se com o facto de até há 2 anos eu ser apenas o Rodrigo que toda a gente me tratava por tu. Agora que tenho um curso, já o Sr. Rodrigo, para os mais atrevidos, sou o sr. Dr. Rodrigo (o que me irrita, não sou doutor, sou professor). Até podem falar comigo na terceira pessoa, mas dispenso o Sr.
Há coisas que se sabem, e eu sei que a Vera é licenciada. E talvez se nos conhecermos, que terei muito gosto se isto acontecer, vai ver que temos uma proximidade de idade, que até nos iremos sentir um pouco incomodados se nos continuarmos a tratar por Sr., Sra., você.

Já agora: Aveiro? Porto?

6 comentários:

Anónimo disse...

Caro Rodrigo, o curioso disso tudo é que o pessoal da JS nem responde. Sabe tão bem como eu que o silêncio é cumplice. A mesma autora da declaração que suscitou a critica da Vera (mt bem feita aliás) há meses atrás publicou um artigo a defender a sua dama contra outra pessoa da JSD. Agora? Já tem o lugar pretendido e por isso cala-se. Sabe, só interessa defender os jovens quando se pretende atingir lugares. A Vera não tem lugar nenhum politico e mesmo assim tem a coragem de vir a publico dizer o que pensa e defender a juventude. Os "outros" fazem discursos para ficarem bem na foto. Para quê mais? não é?

Rodrigo de Sá disse...

Não costumo responder anónimos, nem a pessoas com pseudónimos, mas desta vez abro uma exepção: o pessoal da J.S. talvez não responda por achar que eu posso tomar conta do recado sozinho :P
À Vera: Ponta Delgada? O resto virá amanhã.

Anónimo disse...

Rodrigo... devo dizer-lhe que j� esteve mais perto... :P 'T� dif�cil!!!

Hoje, n�o sei se terei oportunidade para lhe escrever, porque sabe como �, P�scoa e tal, fam�lia,... mas assim que puder... ter� mais alguma explica��o...

Boa P�scoa para si tamb�m... :P

NOTA1: Hoje vou estar perto da Maia em casa de fam�lia... :)

Vera

Rodrigo de Sá disse...

Os meios adequados poderiam por exemplo ser a Assembleia. Sim, até podia ter pedido uma audiência. Mas o texto que provocou a reacção da Vera foi uma intervenção na Assembleia, logo é público. Não foi publicado pela J.S. num jornal, ou num portal generalista. Foi publicado no blog da J.S., e que já tive o cuidado de o reler. Não consigo perceber onde está a ofensa à J.S.D. Açores. Pelo contrário, noto um incentivo à participação parlamentar da J.S.D. Os meios, mais precisamente, seriam um blog próprio da J.S.D., um sítio da J.S.D., ou do P.S.D. Algo que estivesse ligado estritamente com o P.S.D, uma vez que a Mariana apenas usou o blog da J.S. para transcrever a sua intervenção. E repito, é uma intervenção pública, pois foi feita na Assembleia, logo, não podemos falar em publicação. A Vera sim, publicou o seu texto. Mas a mim não me importa se é correcto eticamente ou não fazer isto. Apenas senti-me no direito de contrapor a opinião da Vera.
A Vera diz que infelizmente só fala de vez em quando com a Mariana, como consequências de divergências políticas. Eu digo ainda bem que pelo menos falam de vez em quando. Conheço muito boa gente que deixou de falar com o meu pai por causa de disputas políticas. Um amigo tem que saber passar por cima destas coisas.
Quanto ao bota p'ra baixo da Mariana, é uma atitude de um deputado comum, que acima de tudo tenta defender o seu partido. Isto acontece tanto à esquerda, como à direita, como ao centro.
É natural que a Mariana e a J.S. não sigam passo a passo tudo o que a J.S.D. faz, pensa, ou fará. Sabe-se de alguma coisa. O que está em causa aqui é, a meu ver, a falta referências à J.S.D. no dia-a-dia açoriano ou na comunicação social. Não acredito que a J.S.D. Açores esteja parada. Mas talvez falte lhe mais notoriedade.
Quanto à pergunta escrita, requer resposta escrita, já o comentei acima, mas repito: Sim, vocês, ou a Vera, fizeram bem em responder à Mariana, mas haveria outros meios mais adequados. Se eu fizer um teste escrito, não quero que as respostas dos meus alunos venham numa folha arrancada do caderno.
Não duvido que a escolha dos candidatos da J.S.D. se faça da mesma forma que se faz no P.S. Qualquer partido que faça prevalecer a democracia funciona assim. O problema da J.S.D. terá sido o que realmente a Vera referiu: preocuparam-se em formar uma lista para ganhar, e não para criar um conjunto de deputados que pudessem responder a todas as necessidades do todos os açorianos: crianças, jovens, adultos, ou pessoas da terceira idade. Talvez tenha sido por isto que realmente não havia militantes da J.S.D. nos lugares de destaque da lista concorrente às últimas eleições regionais. Mas isto são assuntos internos, e não quero me prolongar nos comentários.

Nota 1: gosto mais do meu outro blog, porque sinto-me mais livre a escrever para lá, apesar de escrever mais vezes aqui.

Rodrigo de Sá disse...

Retribuo os votos de boa Páscoa à Vera e a todos os que estão a seguir esta novela que me está a excitar. Quero saber como vai ser o final. Será que vão viver felizes para sempre.

Anónimo disse...

Mando-lhe um mail para o mail que colocou aqui no blog...
Vera