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domingo, fevereiro 26, 2006

E Depois Ainda Querem Que O Pessoal Leia Jornais

No acesso à informação há vários tipos de cidadãos em Portugal. Obviamente que todos nós sabemos que quem vive em Lisboa tem muito mais privilégios em aceder à informação de imprensa. Não, não vou salientar, como está na moda, imprensa escrita. Se é imprensa, obviamente que é escrita.
Quanto mais longe estivermos da capital, mais difícil se tornará o acesso a revistas, jornais, e outros suportes de informação em papel.
Para além do subsídio de transporte que os leitores açorianos têm de pagar, em agluns casos, estamos sujeitos a uma deficiente distribuição de imprensa nos Açores. Em algumas ilhas os jornais diários só chegam no dia seguinte, quando chegam. Há casos em que até os diários só chegam uma vez por semana, as sete edições da semana todas de uma vez.
Em São Miguel? Bom, dizer que é uma distribuição deficiente é uma forma de elogiar a forma como a imprensa é distribuída por cá.
Nunca percebi, nunca vou perceber, nem vou tentar perceber, até porque sei que ninguém se vai dar ao trabalho de me explicar o porquê de eu apenas poder comprar o Público no dia seguinte à data inscrita no início da primeira página.
Para além do atraso inexplicável num país do século XXI, as condições em que são entregues o material nem sempre são as melhores. Muitas vezes a primeira página vem rota. Noutras vezes o jornal está todo machucado. E em algumas vezes (outra forma simpática de dizer muito frequentemente), os suplementos (revistas, suplementos de cultura, e outros), os quais aumentam o preço da edição a que se referem, não são entregues.
Não sei se a culpa é da distribuidora de São Miguel, ou se é da própria empresa que se encarrega de enviar os jornais para a ilha. O certo é que se houvesse pelo menos mais uma empresa a distribuir jornais e revistas em São Miguel, tenho a certeza que as coisas seriam mais certinhas.
Enfim… há os portugueses do continente, os de São Miguel, os de terceira, e os portugueses da Maia.

4 comentários:

Anónimo disse...

Uns são filhos outros são enteados!Maria

Anónimo disse...

Caro Rodrigo, como se não bastasse a triste realidade que descreves no teu post, agora ainda vem o governo socialista da república retirar a subsidiação a várias publicações, fazendo com que por aquelas, os açorianos tenham que pagar mais apenas e só por isso: por serem açorianos. Quem sabe se o GRA não tem também uns trocos lá da "coesão" para tapar mais este buraco?!!!

Rodrigo de Sá disse...

Hum, não me parece, José Garcia. E se tiver, vai ser para comprar produtos de higiene e maquilhagem feminina para atrair mulheres para a política, e assim ser posta em prática a lei dos 33%

Rodrigo de Sá disse...

Amiga Maria (suspiro!), há os filhos, os anteados e os bastardos. É o que nós somos cada vez mais.