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quarta-feira, fevereiro 08, 2006

Notícias da República das Bananas

Não se trata de um texto de intervenção política. Trata-se mesmo de um texto o mais educado possível, para não ter que mandar aquela gentalha da Madeira ir limpar o cu ao javali que dá pelo nome de Alberto João.
Este texto, e toda a minha revolta por causa deste acontecimento descrito em linhas sumárias aqui.


Chamar de fascistas aos deputados do P.S.D. Madeira seria uma falta de respeito para com aqueles que lutaram pela liberdade em Portugal. Isto não é fascismo. É estupidez. Chamar de asnos ou burros, seria uma ofensa aos quadrúpedes com o mesmo nome. Tenho vizinhos com vão para a terra de manhãzinha com burros que, talvez por não pensarem que são donos mundo, não fazem figuras tão tristes como o P.S.D. Madeira.
Não é possível, como dizia o poeta alegre. Não é possível, sonhava ele. A verdade é que é possível, e incomoda-me saber que na Madeira as coisas são assim. Incomoda-me saber que de quatro em quatro anos esta gente ganha as eleições com maioria absoluta, e depois vai para o parlamento chamar nomes ao presidente da república, ao primeiro-ministro, aos deputados da Assembleia da República, a todos os continentais e demais portugueses que não são madeirenses militantes do P.S.D. Madeira.

8 comentários:

RD disse...

:) Estou contigo.
Tenho vergonha desse senhor. Como pessoa e como político. Tenho pena que ele alegue ser do PSD, enfim. Há gente boa e má em todo o lado. Não entendo é como esgravatam e chegam tão longe na vida.
Um abraço Rodrigo.
Fica bem :)

Rodrigo de Sá disse...

Ora aí está. Não foi o Alberto João que tomou a decisão de pedir uma avaliação às faculdades mentais do deputado do P.S., mas de certeza que a sua postura na política é que permitiu que os deputados do P.S.D. Madeira fizessem tal coisa.

«« disse...

a gentalha da madeira não vota toda nele e se vota tem uma razão. Já que enquanto osaçores continuam sem sair do ultimo lugar, na cauda de tudo e pelos quatro anos que vivo aqui só mudam as moscas e as cores políticas, lá as pessoa sentem e vivem a evolução...ANOS LUZ MEU CARO..ANOS LUZ

Rodrigo de Sá disse...

Seria o Miguel livre de fazer este comentário em relação ao governo da Madeira, e viver na ilha?

Anónimo disse...

O Rodrigo ao pretender criticar o que de pior se pode viver na vida de uma instituição democrática (o insulto, o desrespeito pela opinião alheia, o silenciamento da oposição)e os políticos madeirenses, utiliza termos e comparações que, na minha opinião, constituem falta de respeito pelos madeirenses em geral. Por outro lado, esta conversa de que na Madeira se vive um clima tipo máfia siciliana e que a democracia é de fraca qualidade, no mais, não passa mesmo de conversa. Acha que os madeirenses estão preocupados com isto? Não me parece. Se estiverem tão preocupados quanto os açorianos estão acerca do desenvolvimento e do futuro da sua terra, nomeadamente, na recuperação do seu atraso, então digo-lhe com toda a confiança: os madeirenses não estão preocupados. Podia dar-lhe muitas razões mas, aqui vão algumas: enquanto nos últimos anos a taxa de crescimento económico não vai além de 1%, na Madeira, no último mandato do PSD foi em média de 6%; o PIB deles ultrapassou a média nacional e passou a ser considerada a 2ª região do país naquele indicador, logo a seguir a Lisboa; nos últimos 5 anos foram construídos 10 parques empresariais, rapidamente ocupados por mais de 300 empresas; na Calheta foi construído o terceiro maior centro cultural do país, a seguir ao CCB e à Fundação Serralves; a Madeira tem 98 túneis que perfazem a extensão de 73 km aproximadamente. Desses, 7 são os maiores do país; o ganho médio dos trabalhadores na Madeira é superior a 17 dos 19 distritos do continente. Fico-me por aqui. Isto são evidências. Estas são razões que já me fariam votar em AJJ e no PSD Madeira por muitos anos. Só para que fique claro, não sou a favor do desrespeito e do insulto, muito menos nas instituições demcráticas, mas tenho visitado a Madeira, onde tenho amigos de vários quadrantes políticos e numa coisa são unânimes: têm orgulho, muito orgulho da terra onde vivem e que todos os dias ajudam a crescer, mesmo com estes políticos.

Rodrigo de Sá disse...

Caro José Garcia, quanto ao facto de usar termos que possam ofender os madeirenses, a minha posição é mesmo de "Quero lá saber o que pensam os madeirenses do que eu digo." Queria era mesmo que o João Jardim e o grupo parlamentar do P.S.D. Madeira soubessem o que eu penso da sua polítca (se é que se pode chamar política a um acto como o que se relata na notícia). Não estou contra os Madeirenses que votam no P.S.D. Madeira. Estou contra a própria atitude dos eleitos, e de sua forma de estar na vida política. Não me diga que gostaria de ser membro do uma assembleia, e tudo o que dissesse que não fosse a favor do governo seria considerado uma afronta, e até mesmo um acto de um débil mental.
Não estou a falar de evolução ou desenvolvimento. Estou mesmo a falar de liberdade de expressão, e é isto que a mim me preocupa. Sou defensor da liberdade de expressão, e da igualdade de direitos. E na Madeira, por mais evolução que haja, não me parece que algum dia venha a haver liberdade e igualdade de direitos, enquanto houver no governo um partido liderado pelo Alberto João Jardim. Se os madeirenses não estão preocupados com a sua liberdade, estou eu preocupado com a liberdade deles. A mim ninguém me pode impedir de lutar pela minha liberdade e pela liberdade dos outros. Hoje são os madeirenses, amanhã podem ser os açorianos. Nessa altura estarei pronto a agir.
Se o governo madeirense, o qual é o João Jardim, e mais ninguém, consegue manter um nível de vida elevado, e uma evolução constante, então força, que continue o seu trabalho. Há que reconhecer mérito neste aspecto. Mas ninguém tem o direito de calar as vozes discordantes.
Que fique bem claro, a gentalha da Madeira não são os militantes do PSD Madeira, nem os que nele votam. A gentalha da Madeira são os deputados que aprovaram solicitação da avaliação das faculdades mentais do deputado do P.S.

Anónimo disse...

Caro Rodrigo, obrigado pela sua resposta. Agora a sua posição ficou mais clara e, no essencial, estamos de acordo. Quanto à situação da oposição na Assembleia Legislativa da Madeira, não há grande novidade. É ver o que se passa na nossa Assembleia Leg. Regional. Evidente que o nível não chega tão baixo (pelo menos c/ tanta frequência) mas a "musculatura" do partido c/ mais lugares sente-se, e de que maneira. Ainda sobre a qualidade da democracia, deixe-me que lhe diga que nos últimos 9 anos, nos Açores, já viveu melhores dias.

Rodrigo de Sá disse...

Caro João, começo pelo fim. Para podder dizer o que disse em relação à democracia açoriana nos últimos 9 anos, acredito que tenha as suas razões. Deve sentir, ou saber algo que eu não saiba, ou não sinta. Por isso, como se diz dou-lhe o benefício da dúvida, e prefiro não discutir o assunto. A verdade é que tenho a consciência de que nenhum governo é perfeito democraticamente.
Em relação à questão do desenvolvimento da Madeira comparado com os Açores, não fui eu que puxei o assunto para este tópico. Foi o Miguel Sousa que veio comentar o desenvolvimento da Madeira, quando eu apenas estava a falar de uma situação que se passou na Assembleia Regional da Madeira.