Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue!

A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

2º Encontro de bloggers de São Miguel e o Cowboy Cantor

A 15ª emissão do Cowboy Cantor já está no ar. É só passarem pelo blog para ouvirem as sugestões musicais que tenho para esta semana, ou então transferirem directamente o ficheiro a partir desta ligação: http://podcasts.lusocast.com/channel/135/015.mp3
A propósito, relembro que estou a preparar uma emissão especial que irá para o ar durante o fim-de-semana do 2º Encontro de Bloggers de São Miguel. Peço novamente que os interessados em participar no encontro me enviem pelo correio electrónico cowboycantor@sapo.pt sugestões de temas que gostem de ouvir quando estão a comentar ou a escrever nos blogs, ou até mesmo temas que gostem só por gostar.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

A Formiga No Carreiro


Como uma formiga em sentido contrário. Foi assim que viveu o Estado Novo.
Uma formiga em sentido contrário, que chocou contra tantas outras que seguiam a formiga rainha. Mas esta formiga desobediente decidiu mudar o seu percurso por achar que as outras não estavam no bom caminho. Sem recorrer à força física, decidiu tentar convencer as outras formigas usando as palavras e a música. Foi assim que inventou a canção portuguesa. Foi assim que convenceu outras formigas a mudarem de rumo, e andarem em sentido contrário do restante carreiro. Foi assim que se tornou na formiga rainha. Foi com a força das suas palavras e canções que de José, passou a ser Zeca para os amigos. E os amigos seriam todas as formigas que decidiram acompanhar a sua luta.
Foi pedindo que outros amigos o acompanhassem, e trouxessem outros amigos. E a luta começou a ter mais vozes, o coro aumentou.
Zeca, era na verdade amigo de todos os que queriam chamá-lo de Zeca. Muitas outras formigas em sentido contrário marcaram a luta por um rumo certo através da canção, mas não há dúvida que Zeca Afonso era o símbolo de uma geração de músicos que usavam a sua força musical para lutaram contra o Estado Novo.
No dia 23 de Fevereiro de 1987, pelas 9:05 da manhã, o meu pai bateu à porta da sala da minha mãe, com a voz amarrada na garganta comunicou o que tinha acabado de ouvir no noticiário da Antena 1:
- Alice, já morreu.
Eu tinha 8 anos, conhecia pouco do Zeca Afonso, mas pela expressão dos meus pais percebi o choque que era saber-se desta notícia. Também fiquei triste neste dia. Os alunos da minha mãe chegaram a perguntar se o Zeca Afonso era da família da minha mãe, devido à expressão dos meus pais.
Arrepio-me sempre que ouço a “Grândola, Vila Morena”, a canção que atrevo-me a dizer que é como se fosse um segundo hino da nossa nação, arrepio-me ainda mais ao ouvir o concerto gravado no Coliseu, naquela que foi a última aparição em palco do cantor. Zeca Afonso sabia que cada canção que iria cantar naquela noite seria a última vez que o faria, uma vez que a sua doença não o iria permitir continuar a cantar por muito mais tempo. Ao ouvir o concerto nota-se várias vezes que a voz já estava a falhar, mas como uma verdadeira formiga no carreiro à roda com a vida, lutou até ao fim. Cantou até esgotar o último fôlego. No final, já nem cantava a “Grândola, Vila Morena”. O público cantou quase sozinho, mas ainda houve forças para gritar “25 de Abril, sempre”, e dizer um obrigado e até sempre, porque Zeca Afonso será como o 25 de Abril: sempre.




nota: depois de publicar este texto, o Sérgio, um revisor atento, casado com a minha irmã mais nova, informou-me que o concerto no Coliseu de Lisboa não foi o último. Depois deste concerto ainda houve forças para mais um concerto no Coliseu do Porto, outro concerto em Coimbra e ainda mais um nas Caldas da Rainha. Fica o reparo. O agradecimento ao Sérgio, e o pedido de desculpa pelo meu engano.
nota 2: saliento que ao contrário do que tinha primeiramente escrito, quando o meu pai comunicou a notícia à minha mãe, não referiu o nome de ninguém.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Mais vale um aborto em Portugal, do que um nascimento em Espanha

Não vejo maneira de isto parar.
Ouve-se o ministro da saúde a intervir dizendo que o país tem capacidade para atender aos casos de aborto até às primeiras 10 semanas, por outro lado vê-se uma manifestação porque querem fechar mais um centro de atendimento de urgências. Faz sentido? Para mim não.
Era uma coisa horrível os portugueses terem de ir a Espanha realizar um aborto legal, por isso trata de se legalizar o aborto em Portugal. Por outro lado fecham-se maternindades em Portugal, e dá-se como alternativa uma maternidade qualquer em Espanha. Quer dizer, para nascer já não é problema se for em Espanha. Mais vale um aborto em Portugal, do que um nascimento em Espanha.
Pior: se uma professora entrar em licença de maternindade, o tempo que irá faltar à escola, para além de não contar para progressão na carreira, vai descontar uns dias de serviço, tornando mais difícil a progressão na carreira, e consequentemente torna mais difícil a docente em causa poder aspirar a lugar de professora titular.
É caso para se dizer que o resultado do referendo foi o melhor que poderia ter acontecido às professoras. Se por acaso alguma professora cair no erro de querer ter um filho, está ainda a tempo de emendar tal falha profissional e vai abortar.
Não havia necessidade de um militante do partido que governa país andar atacar os ministros que temos, mas as asneiras e faltas de respeito para com o povo que trabalha para eles é cada vez maior, que já não consigo ficar calado.
E por falar em trabalho, acho que o quoficiente intelectual do nosso ministro da economia é negativo.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Quando Aprendi a Dizer Sim

Aprendi por mim mesmo a dizer não. Só dizia não quando era bebé.
Não sabia dizer outra palavra. Era uma tarefa quase impossível, pelo menos muito difícil, me ouvirem dizer sim. Até parecia que não sabia dizer sim. Na verdade, ninguém me tentara ensinar a dizer sim. Ninguém até ao dia em que o meu pai conseguiu me convencer:
- Rodrigo, queres sopa?
- Não!
- Rodrigo, queres ir te lavar?
- Não!
- Rodrigo, queres ir dormir?
- Não!
- Rodrigo, queres um gelado?
- Não... Sim, sim. Quero!
Aprendi sozinho a dizer não. O sim foi o meu pai que me ensinou a dizer. Mas de resto, desde este dia jamais alguém me convenceu a dizer sim contra a minha vontade.

domingo, fevereiro 04, 2007

Encontro de bloggers: Segunda Emissão Especial

Aquando do primeiro encontro de bloggers de São Miguel, fiz uma reportagem que apresentei no podcast Cowboy Cantor. Neste ano apetece-me fazer algo diferente.
Lanço daqui o convite a quem está a pensar participar no encontro deste ano, que através do endereço cowboycantor@sapo.pt, me sugiram temas musicais que eventualmente gostem de ouvir quando estão a ler ou a escrever nos blogs. Sugiram quantas faixas quiserem. A ideia é que no fim-de-semana do encontro, haja uma banda sonora feita pelos bloggers para nos acompanhar. Claro que o resultado final desta mistura musical será gravado e lançado em jeito de emissão especial no Cowboy Cantor.
Quem estiver interessado basta me enviar o nome da faixa e do artista.
Fico à espera das vossas sugestões.
A propósito, já está no ar a 13ª emissão da Rádio Cowboy Cantor.

Ouçam a Rádio Cowboy Cantor aqui http://www.lusocast.com/channel/view/135
Comentem a Rádio Cowboy Cantor aqui http://cbcantor.blogspot.com/