Não tive uma consoada farta.
Não éramos muitos à mesa. Éramos os suficientes. Claro que senti a falta das minhas irmãs, que de acordo com o estabelecido antes dos respectivos casamentos, este foi o ano de ficarem com a família dos maridos no continente. Tive também saudades da minha sobrinha Marta, e claro da Maura que também foi a casa dos pais passar o Natal.
Não foi uma consoada de extravagâncias, nem de exageros à mesa.
Durante o jantar ia-se ouvindo as canções de Natal que a Antena 1 Açores estava a passar, e ouvimos com alguma revolta a notícia de um juiz que decidiu na véspera de Natal tirar uma criança da sua família de acolhimento.
Não tive uma consoada farta, nem extravagante.
Sentei-me à cabeça da mesa. Ao meu lado esquerdo tinha um homem a quem chamo de Pai, e ao meu lado direito tinha uma mulher a quem chamo de Mãe.
Tive uma consoada feliz.
Não éramos muitos à mesa. Éramos os suficientes. Claro que senti a falta das minhas irmãs, que de acordo com o estabelecido antes dos respectivos casamentos, este foi o ano de ficarem com a família dos maridos no continente. Tive também saudades da minha sobrinha Marta, e claro da Maura que também foi a casa dos pais passar o Natal.
Não foi uma consoada de extravagâncias, nem de exageros à mesa.
Durante o jantar ia-se ouvindo as canções de Natal que a Antena 1 Açores estava a passar, e ouvimos com alguma revolta a notícia de um juiz que decidiu na véspera de Natal tirar uma criança da sua família de acolhimento.
Não tive uma consoada farta, nem extravagante.
Sentei-me à cabeça da mesa. Ao meu lado esquerdo tinha um homem a quem chamo de Pai, e ao meu lado direito tinha uma mulher a quem chamo de Mãe.
Tive uma consoada feliz.
14 comentários:
Rodrigo, meu amigo
Acredita , digo-te eu, que se pudesse, por qualquer capricho do destino, ter a imensa extravagância de olhar, por um minuto sequer , para os meus pais em noite de consoada, deixaria na mesa, como troca , o maior dos pitéus do mundo. Ficaria bem consolado com a ternura da sua já saudosa presença.
Por isso amigo, creio mesmo que tiveste uma consoada farta ( onde predominaram os afectos), e da forma como conheço e aprecio os teus pais o mesmo terá acontecido com eles.
Um abraço aos três
Manel Estrada
A fartura não dá felicidade.
Normalmente, azia!
Abraço.
Passei por aqui,Rodrigo, e estacionei os olhos no teu Natal.Gostei da solenidade do espaço que,de forma enfatizada e peculiar, nos descreves,ao sentares os teus progenitores assim,à esquerda e à direita de ti.
Abraço
Rodrigo, Manel, o outro Manel e Dica
Não costumo deixar mensagens aqui para não dizerem que está o pai todo feito pavão por causa do filho que tem. Mas, depois do que vocês os quatro disseram, não poderia menos do que pavonear-me feliz e cantar de galo. Já cantei.
Daniel
Pronto, e agora o que faço: fico eu também emproado porque o meu pai é um pavão orgulhoso do filho?
Vocês são muito giros:pai e filho.E Daniel,tu não és homem para esses «mitos».Bota cá para fora as mensagens que te apetecer porque o Rodrigo é o Rodrigo e tu és tu.
(Rodrigo,que «azar»tiveste em ser filho do Daniel!É só ironia,sou brincalhona.)Bota mais textos,Rodrigo.
Ó Dica, o Rodrigo desarmou-me, não foi? Mas tu já estavas pronta para fazer a dobra, caso ele não se safasse.
(Tapa os ouvidos, Rodrigo.)
Eu vivo os êxitos dos meus filhos com muito mais emoção do que os meus próprios.
Pai, vive este êxito agora:
Não serás tu e a mãe o maior êxito dos teus filhos?
Belíssimas confissões...
Aqui «mora» família!
Rodrigo, se puseres um peso a meio de uma trave, as duas pontas têm de ter força suficiente para o aguentar, não basta que uma seja forte e a outra não. Pois que seja esse peso a vida, e as pontas nós (tua Mãe e eu) e vocês.
Para a Dica
Obrigado. Tens uma alma enorme. Mas já sabes que o meu ponto fraco (ou forte...) são os meus filhos.
Daniel, que bela esta tua metáfora. E com um sentido enorme. Na verdade , quase sempre, a vida tem que ser pegada( ou sustentada) pelas pontas dessa trave. Principalmente quando ela( vida) se torna mais pesada .
Quanto aos teus pontos fracos e fortes, tenho a sensação, quase certeza, que já lá começaste a colocar a Marta e o Tiago. Estarei enganado?
Daniel,sabe bem ouvir palavras tão fortes sobre a família,«trave carcomida» nos tempos que correm.Eu também amo os meus e muito.Mas sei que não são meus apesar de me pertencerem.
Ainda dás aulas ou dedicas-te só à escrita?
Um abraço para ti e para ti também,Rodrigo,autor deste Blog.
Embora atrasado, respondo ao meu querido amigo maesdoc e à já querida amiga Dica.
Claro que a Marta e o Tiago já são pontos fracos de uma força enorme.
Nunca dei aulas, vendi-as. Embora durante a maior parte do tempo com tanto gosto que até as daria, se pudesse viver do ar somente.
Já estou reformado. A escrita é uma coisa boa, mas não dá para justificar uma vida.
Um par de abraços.
Daniel
Daniel,olá,de novo!
Continuas VIVO e muito,tanto cá como aí.Gostamos muito de vocês.Não tens aparecido no Delfos.Sabes que és uma das pedras,não sabes?
Gostei de ter ido ao encontro Alegre.
Abraço
Enviar um comentário