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A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Não Tive Uma Consoada Farta

Não tive uma consoada farta.
Não éramos muitos à mesa. Éramos os suficientes. Claro que senti a falta das minhas irmãs, que de acordo com o estabelecido antes dos respectivos casamentos, este foi o ano de ficarem com a família dos maridos no continente. Tive também saudades da minha sobrinha Marta, e claro da Maura que também foi a casa dos pais passar o Natal.
Não foi uma consoada de extravagâncias, nem de exageros à mesa.
Durante o jantar ia-se ouvindo as canções de Natal que a Antena 1 Açores estava a passar, e ouvimos com alguma revolta a notícia de um juiz que decidiu na véspera de Natal tirar uma criança da sua família de acolhimento.
Não tive uma consoada farta, nem extravagante.
Sentei-me à cabeça da mesa. Ao meu lado esquerdo tinha um homem a quem chamo de Pai, e ao meu lado direito tinha uma mulher a quem chamo de Mãe.
Tive uma consoada feliz.

14 comentários:

MaesDoc disse...

Rodrigo, meu amigo
Acredita , digo-te eu, que se pudesse, por qualquer capricho do destino, ter a imensa extravagância de olhar, por um minuto sequer , para os meus pais em noite de consoada, deixaria na mesa, como troca , o maior dos pitéus do mundo. Ficaria bem consolado com a ternura da sua já saudosa presença.
Por isso amigo, creio mesmo que tiveste uma consoada farta ( onde predominaram os afectos), e da forma como conheço e aprecio os teus pais o mesmo terá acontecido com eles.
Um abraço aos três

Manel Estrada

Anónimo disse...

A fartura não dá felicidade.
Normalmente, azia!
Abraço.

Anónimo disse...

Passei por aqui,Rodrigo, e estacionei os olhos no teu Natal.Gostei da solenidade do espaço que,de forma enfatizada e peculiar, nos descreves,ao sentares os teus progenitores assim,à esquerda e à direita de ti.
Abraço

Anónimo disse...

Rodrigo, Manel, o outro Manel e Dica
Não costumo deixar mensagens aqui para não dizerem que está o pai todo feito pavão por causa do filho que tem. Mas, depois do que vocês os quatro disseram, não poderia menos do que pavonear-me feliz e cantar de galo. Já cantei.
Daniel

Rodrigo de Sá disse...

Pronto, e agora o que faço: fico eu também emproado porque o meu pai é um pavão orgulhoso do filho?

Anónimo disse...

Vocês são muito giros:pai e filho.E Daniel,tu não és homem para esses «mitos».Bota cá para fora as mensagens que te apetecer porque o Rodrigo é o Rodrigo e tu és tu.
(Rodrigo,que «azar»tiveste em ser filho do Daniel!É só ironia,sou brincalhona.)Bota mais textos,Rodrigo.

Anónimo disse...

Ó Dica, o Rodrigo desarmou-me, não foi? Mas tu já estavas pronta para fazer a dobra, caso ele não se safasse.
(Tapa os ouvidos, Rodrigo.)
Eu vivo os êxitos dos meus filhos com muito mais emoção do que os meus próprios.

Rodrigo de Sá disse...

Pai, vive este êxito agora:
Não serás tu e a mãe o maior êxito dos teus filhos?

Anónimo disse...

Belíssimas confissões...
Aqui «mora» família!

Anónimo disse...

Rodrigo, se puseres um peso a meio de uma trave, as duas pontas têm de ter força suficiente para o aguentar, não basta que uma seja forte e a outra não. Pois que seja esse peso a vida, e as pontas nós (tua Mãe e eu) e vocês.
Para a Dica
Obrigado. Tens uma alma enorme. Mas já sabes que o meu ponto fraco (ou forte...) são os meus filhos.

MaesDoc disse...

Daniel, que bela esta tua metáfora. E com um sentido enorme. Na verdade , quase sempre, a vida tem que ser pegada( ou sustentada) pelas pontas dessa trave. Principalmente quando ela( vida) se torna mais pesada .
Quanto aos teus pontos fracos e fortes, tenho a sensação, quase certeza, que já lá começaste a colocar a Marta e o Tiago. Estarei enganado?

Anónimo disse...

Daniel,sabe bem ouvir palavras tão fortes sobre a família,«trave carcomida» nos tempos que correm.Eu também amo os meus e muito.Mas sei que não são meus apesar de me pertencerem.
Ainda dás aulas ou dedicas-te só à escrita?
Um abraço para ti e para ti também,Rodrigo,autor deste Blog.

Anónimo disse...

Embora atrasado, respondo ao meu querido amigo maesdoc e à já querida amiga Dica.
Claro que a Marta e o Tiago já são pontos fracos de uma força enorme.
Nunca dei aulas, vendi-as. Embora durante a maior parte do tempo com tanto gosto que até as daria, se pudesse viver do ar somente.
Já estou reformado. A escrita é uma coisa boa, mas não dá para justificar uma vida.
Um par de abraços.
Daniel

Anónimo disse...

Daniel,olá,de novo!
Continuas VIVO e muito,tanto cá como aí.Gostamos muito de vocês.Não tens aparecido no Delfos.Sabes que és uma das pedras,não sabes?
Gostei de ter ido ao encontro Alegre.
Abraço