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A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Quero Mijar


A propósito dos Santos, Silvas, engenheiros de Domingo à tarde, Silvinos e Cruzes que andam por aí: quero mijar.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Sobre o Meu Umbigo e a República Portuguesa

Desta vez não votei em branco, nem anulei o meu voto. Mas não votei no candidato escolhido porque passei um mês a acordar com s.m.s. a convidar-me para participar em manifestações, cortejos, jantares, festas e comícios. Não votei nessa pessoa porque um dia me lembrei de dizer que era de uma certa ideologia política, o que não me faz ser de um partido. Votei porque este país é um país dos coitadinhos, dos poucochinhos, dos mais ou menos já é bom, dos vendidos e oferecidos. Um país dos pára-quedas. E eu não quero fazer parte destes.
Não me refiro propriamente ao eleito presidente da república. Refiro-me sim a todos os outros coitadinhos, poucochinhos, mais ou menos é bom, vendidos e oferecidos. São estes que andam a desacreditar todo o sistema. Não venham com histórias de que os portugueses não têm a consciência ao não quererem votar. Para mim está claro: a república não serve para nada se continuarmos a vender as nossas ideias, valores e ideologias ao chefe.
E não, não acredito que temos o que merecíamos. Se alguém acha que tem o que merece, então muitas felicidades. Eu acredito que merecia melhor. Eu merecia ligar a rádio, e ouvir vencidos e vencedores discursarem sem vaidades, com humildade. Sem darem numa de líder omnipotente. Eu merecia que me explicassem que um presidente da república é eleito acima de qualquer religião, cor ou partido. Eu não merecia ouvir líderes partidários falar em vitórias do partido, e derrotas do regime oposto. Eu merecia que os que estão para lá da esquerda, até aos que estão para lá da direita fossem acima de tudo pessoas honestas.
Eu merecia que a classe política portuguesa fosse um conjunto de pessoas que, com ou sem formação, tenham sido pedreiros, camionistas, médicos, professores. Eu não merecia que a classe política portuguesa fosse um conjunto de pais, filhos, amigos, afilhados e enteados. Eu não mereço que a classe política portuguesa seja um conjunto de desenrascados. Eu mereço melhor.
E digo eu, porque cada vez mais preocupo-me com o meu umbigo, e tudo o que estiver à frente dele é de relativa importância.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

100 vezes mais pelos Açores

É verdade que às vezes enganava-me na resolução de alguns problemas, equações e enigmas nas aulas de Matemática. No entanto, em caso de dúvida, socorria-me de duas regras elementares e simples da matemática: se multiplicarmos qualquer número por 0, o resultado é sempre 0. Por outro lado, mais por menos, dá menos.
Sendo economista, o presidente da república Portuguesa, raramente se enganará em matemática, e de certeza que nunca terá dúvidas nesta área. Mas, será que as contas dele eram estas?

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Cowboy Cantor: 5 anos de podcasts nos Açores

Foi em Janeiro de 2006, no seu Quarto Estúdio, instalado na Maia, São Miguel, que se fez ouvir pela primeira vez. A solidão, não necessariamente deprimente, torna-se mais do que um hábito, uma obrigação auto-incutida. Obriga-se a si mesmo todos os dias a abster-se dos grande meios de divulgação de música, para descobrir paragens diferentes. Ambientes pouco comuns. Mas sobretudo, a viajem faz-se através de sons desconhecidos. Por vezes provocantes, outras vezes demasiado invulgares para existirem só nas suas memórias.


A aventura, que começou como uma necessidade de fugir aos lugares banais da música, rapidamente tornou-se num compromisso para com quem se habituou todas as semanas a sentir a mesma necessidade. O imperativo é o romper barreiras, soltar as amarras incutidas por estilos e sonoridades demasiado gastas.


Chama-se Cowboy Cantor, e no dia 6 de Janeiro faz 5 anos. Será lançada à meia-noite uma emissão especial dedicada aos 5 anos a ouvir e partilhar música independente de forma legal e gratuita, deste que foi o primeiro podcast açoriano.


Para ouvir em www.cowboycantor.com

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Que Se Passa com o Prémio José Afonso?

Estou a 3 dias do 5º aniversário do Cowboy Cantor, aquele foi o primeiro podcast dos Açores, actualmente, e segundo o que sei, novamente o único no que diz respeito a produção independente de podcasts. O programa passou por várias fases, nomes e até mesmo alojamentos. No entanto nunca perdi a principal razão do programa: mostrar um outro lado da música que não passa para públicos de massa, sem perder a referência qualitativa.
Começo 2011 com esta notícia verdadeiramente intrigante e reveladora do apoio que os artistas portugueses têm em Portugal por parte de alguns governantes.
Desde de concertos que são cancelados por mensagem de telemóvel no próprio dia do espectáculo, a promessas e pagamentos que nunca se concretizam. É verdade também que há muito boa gente que recebe apoios governamentais para desenvolverem os seus projectos musicais, mas de projectos não passam, e nunca se chegam a ver a concretização e os resultados. Por outro lado há uma Sociedade Portuguesa de Autores que obriga as empresas organizadores de espectáculos não só a pagarem a licença de uma actuação pública musical, como também os direitos de autor de apresentação das peças musicais realizadas pelos próprios autores, compositores ou intérpretes originais da composição.
Desta vez, nem sequer um nome consta da lista de álbuns para o prémio José Afonso de 2010, nem de anos anteriores.
Tal como Álvaro José Pereira, não posso ficar indiferente a esta situação. Não apoio a música portuguesa porque é portuguesa. Apoio a boa música portuguesa, seja de metal mais escuro, seja do popular mais festivo. Para mim não existem quotas de música portuguesa na rádio. Existe sim música de qualidade e valorizadora não só para a estação que a passa, como para o ouvinte ou comprador. Apoio a produção qualitativa, não a quantidade. Por isso se ouve muita gente a prometer o que ainda não foi feito, mas acaba por soar ao mesmo de sempre (poderia pôr em itálico estas expressões, ou entre aspas, referindo-me directamente a um título de uma canção e no segundo caso ao título de um álbum).
Apoie-se ou não a produção nacional, respeite-se acima de tudo quem está interessado em produzir cultura portuguesa de qualidade.
A propósito do Prémio José Afonso, recomendo a leitura do texto escrito por Álvaro José Pereira publicado no blog A Nossa Rádio
Não houve em 2010 um único álbum de música portuguesa que merecesse o prémio? Rui Dinis e a sua Trompa dão uma ajuda.