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A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

segunda-feira, junho 27, 2011

A Corja Continua a Voar

7. O Expresso sabe, também, que em casos muito excepcionais, há notícias que mereciam ser publicadas em lugar de destaque, mas que não devem ser referidas, não por auto-censura ou censura interna, mas porque a sua divulgação seria eventualmente nociva ao interesse nacional. O jornal reserva-se, como é óbvio, o direito de definir, caso a caso, a aplicação deste critério. (in Estatuto Editorial)

A corja continua a voar. Os chulos, a corrupção e nojeira política continuam por aí. A tourada que Fernando Tordo cantou, musicando o poema de Ary dos Santos, continua a acontecer na maior praça de touros de Portugal: os 92 090 km2 de terra continental e insular a que chamam de República Portuguesa.
Mas nós vamos ficar é preocupados com o facto de o senhor deputado viajar ou não em classe económica, na companhia que voa com a bandeira do país. Vamos ficar a contar quantas vezes o senhor deputado se desloca no carro oficial, conduzido pelo motorista pré-pago para exercer funções todo o ano, independentemente de ser feriado, fim-de-semana, ou 3 da manhã.

quarta-feira, junho 08, 2011

Indecências gráficas

Há algum tempo escrevi aqui neste espaço que não sabia quando, ou se voltaria a falar do acordo ortográfico. A verdade é que as coisas estão a chegar a um ponto tal que, para além de continuar a achar que muito feia a nova grafia, já começa a ser indecente a utilização daquilo a que chamam a Língua Portuguesa Universal Escrita.
Ora, universal nunca vai ser enquanto no Brasil se chamar o bombeiro para desentupir canos, e este tiver de vir de corona no ónibus.
Ao longo deste ano lectivo fui-me deparando com uma dificuldade que foi meter na cabeça dos meus alunos qual a diferença na letra E em palavras como quarteto e arquitecto. Mas também, depois da futura ex-ministra da educação, a pedo-escritora Isabel Alçada, ter dito que os professores não deveriam estar sistematicamente a corrigir os erros de oralidade dos alunos, porque estes erros fazem parte da vivência e cultura de cada criança, não vejo sinceramente por que razão me hei-de preocupar com a correcta pronunciação das palavras. É o que digo, viro-me para o inglês, francês e talvez venha a aprender alemão e uma língua qualquer eslava.
A indecência do acordo ortográfico atinge limites insuportáveis quando órgãos de comunicação social, supostamente de referência e respeitáveis, aplicam desnorteadamente a nova grafia da língua portuguesa. Percebam uma coisa: palavras como sector ou contacto não perdem o C, pela simples razão de que em sector e em contacto a letra C é pronunciada, por mais leve que seja, mas é pronunciada e audível.