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terça-feira, janeiro 17, 2012

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Uma aluna de quinto ano, repetente, principalmente devido a uma assiduidade regular: Ou seja, vem dois dias, falta três. Durante 3 anos pertenceu a uma turma de oportunidade. Tem portanto, 14 anos. Idade e corpo desenvolvido, os outros, ainda com atitudes de 4ª classe, elegem-na como delegada de turma.
Conhecendo-a de outras paragens (as tais turmas de oportunidade) aviso o director de turma que não vai dar certo. Concordámos em dar o benefício da dúvida.
O estado a que as coisas chegaram foi este:
Inquieto por saber como foram recebidas as seis negativas que ela teve, pergunto como foi o Natal:
- Eu recebi uma Playstation portátil, um leitor de mp3 e um iPhone. Ah, e a minha madrinha ofereceu-me um jogo para PSP.
- Belas prendas. O teu pai deve ter ficado contente com as tuas notas.
- O meu pai? Ele não sabe das minhas notas.
Com efeito, já vamos na terceira semana de 2012 e a aluna continua a faltar com a tal regularidade e o pai ainda não sabe as notas.
Não se preocupem que em Junho ele aparece a perguntar como é possível a filha perder de novo.

5 comentários:

Anónimo disse...

Temos de convir na dificuldade em manipular essa tecnologia toda e ao mesmo tempo ir às aulas! Mesmo com a PSP em casa...
Em compensação a escola tem falta de papel para comunicar ao distraído pai essa falta de assiduidade. E a crise não ajuda, mesmo com papel de 75g.

Rodrigo de Sá disse...

Sim, a culpa é da escola e da crise que não nos deixa comprar papel ou telefonar ao pai para não se esquecer da sua filha.
Mas já sei como resolver: vou lá bater à porta de casa. Tenho é de o fazer quando acabar a minha hora de serviço, e na minha própria viatura, porque as deslocações oficiais dos professores são feitas em viaturas próprias e é quando estes as têm. Pois no momento da candidatura ou aceitação de emprego, ninguém nos pergunta: Quer condutor privado pago pelos contribuintes?

Anónimo disse...

E as SMS não ficavam baratinhas?!Tem que ser de taxi ou nada? Nunca pensei que os profs estivessem tão debilitados, quase tão inertes como alguns pais...

Rodrigo de Sá disse...

Não, os professores não são inertes. Estão é mais ocupados e interessados em dar aulas, do que propriamente insistir na presença de um pai que não quer saber da filha.

Anónimo disse...

Certo, embora também a polícia prefira disciplinar o transito mas tenha que arrombar umas portas de vez em quando. Ossos do ofício, diz o povo.