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A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

quinta-feira, junho 30, 2005

SEXO

Aqui há pistolas de sexo

O Tempo Que Passa

Ontem, sentei-me à mesa de um restaurante aqui da Maia com o Carlos Sousa, dos Belaurora, com o meu pai, com o José Francisco Costa, e outros ilustres anónimos para a sociedade, mas que cá em casa são grandes amigos.
Estávamos na conversa, e quando dei por mim já estava o Carlos Sousa com o seu bandolim, o José Francisco Costa com um violão, e eu a roer-me de inveja, dei um saltinho a casa, e vim buscar o meu cavaquinho.
Lá estivemos nós a tocar temas populares açorianos, de Portugal continental, rapsódias populares, fados e baladas de Coimbra. Entre outras coisas.
Sempre tive uma paixão por canções de intervenção. Uma das coisas que mais prazer me dá é sentar-me com pessoal mais velho, tocar e cantar canções do José Afonso, Sérgio Godinho, José Mário Branco, entre outros.
Não me lembro de já ter tocado a Trova do Vento Que Passa. Talvez por nunca ter tido coragem de a cantar, ou por nunca ter encontrado alguém que se quisesse arriscar a cantar uma das melodias mais comoventes da música portuguesa, à qual se associa um dos poemas mais bonitos que eu conheço. De Manuel Alegre o poema, de António Portugal a música, e de Adriano Correia de Oliveira a primeira gravação.
Assim, sem aviso, sem preparação, sem sequer dizer o tom, o Carlos Sousa começou a tocar o solo da guitarra portuguesa, e eu mais o José Francisco Costa lá fomos atrás dele. Para os mais curiosos, tocámos em Ré maior.
Inconscientemente, dei por mim a tocar a Trova do Vento Que Passa, enquanto o Carlos a cantava. E se cantava.
Confesso que me estava a sentir emocionado. O grande choque foi quando acabámos:
- Hoje em dia já ninguém canta isto.
A esta observação do Carlos Sousa, respondeu imediatamente o José Francisco Costa.
Interpretem esta observação como quiserem. Eu vejo-a como uma forma de aviso às gerações futuras:
- A questão é saber se alguém vai cantar isto daqui a uns anos.

O Cowboy Na Rua

O Cowboy Cantor dança na rua.

quarta-feira, junho 29, 2005

Cidade Quase Fantasma

Não sendo um habitante orgulhoso de pertencer ao concelho da Ribeira Grande, não deixa de ser um pouco frustrante acordar no dia de S. Pedro, e ter de fazer a viagem Maia-Pedreira do Nordeste logo pela manhã. Como sabem hoje foi feriado no concelho.
Logo pela manhã ouvi este comentário do presidente da câmara:
- A Ribeira Grande vai parar par ver as Cavalhadas.
Acho piada que o presidente da Câmara da Ribeira Grande diga que a cidade parou para ver as Cavalhadas. Primeiro, porque na condição de presidente da câmara deveria falar sempre em concelho, e não cidade, mas isto já é habitual, e pelos vistos nunca irá se lembrar que há mais concelho para além da Ribeirinha. Segundo, porque uma cidade que vive parada, não pode parar.
No Domingo à noite estive a tocar na Ribeira Grande. Eram 11 da noite quando acabei de tocar. Subi até ao jardim da cidade, e estava vazio. Olhei em volta e estava tudo fechado. Nas ruas não se via ninguém. Eu pergunto: Que vida haverá numa cidade que fecha às 11 da noite, quando estão a decorrer as festas em honra do seu padroeiro?
Giro, giro, foi ouvir da boca de um dos elementos do grupo:
- O sr. presidente vai-me desculpar, mas é escusado fazer coisas nesta cidade, porque as pessoas não aderem. Não querem saber. A Ribeira Grande não passa disto: uma cidade parada.
Não sou o responsável por estas palavras dirigidas a António Pedro, mas revejo-me nelas. A Ribeira Grande não evolui. Evolução pode ser progresso, ou retrocesso, mas a Ribeira Grande, cidade está parada.

segunda-feira, junho 27, 2005

domingo, junho 26, 2005

Abrazados Pelo Fogue

Enquanto uns têm o luxo de levar o portátil para o jantar do seu 2º aniversário, e assim enviar um texto sobre o mesmo mal cheguem a casa, outros tiram notas para o telemóvel, e às 3 da manhã não conseguem escrever.
Bem me avisou o Nuno Barata de que poderia usar o wap, ou o gprs do telemóvel para actualizar o blog. O orçamento não dá para tanto. É que o homem é doutor para a comunicação social, é arquitecto nas relações profissionais, e é engenheiro quando está de férias nas Furnas. Eu sou sempre um professor. Às vezes sou o professor de música, outras vezes apenas um professor. De qualquer forma o meu orçamento é de professor, logo, esta coisa de wap e gprs é só para quem pode.
Estive no jantar, e tenho a prova em casa, uma t-shirt comemorativa, oferecida pelo próprio Nuno Barata aos presentes. Se bem que vi alguns a sair com três ou quatro t-shirts debaixo do braço. Insisto na palavra t-shirt, porque segundo o próprio aniversariante, “camisa é aquela coisa de marca Durex, e com sabor a morango”. Por respeito ao Mário Rui, desculpem, queria dizer Mário Roberto, que pintou o cabelo de preto para um filme, a citação fica entre aspas, e não entre comas.
Finalmente descobriu-se o lado visível dos Sentidos Ocultos com a presença da sua autora, a Vera Cymbrom. Ficou a ideia que depois das t-shirts do foguetabraze, virão as cuecas fio dental dos Sentidos Ocultos, uma vez que “sabemos que o fio está lá, mas está oculto”.
Já para o fim do jantar, depois de algum vinho, o Mário Roberto (não consigo pensar nele sem me lembrar dos robertos, aqueles bonecos cabeçudos. Não por achar que o Mário é um cabeçudo, mas porque o homem está sempre alegre, e contagia quem estiver à sua volta), descobriu, com um grande EUREKA, que o Alexandre Pascoal, de perfil, mas de perfil da esquerda, é parecido com o Bob Dylan.
As coisas aqueceram quando, e de novo o cabeçudo, o Mário se meteu com a respeitável senhora companheira do João Nuno Almeida e Sousa, mais conhecido por JNAS. Já o Mário estava a arregaçar as mangas quando, o Pedro lhe chamou a atenção:
- Oh Mário, achas que és mulher para ela?
Cá para mim, a culpa de tanta algazarra, e trapalhada foi deste senhor aqui. Bebemos durante a noite toda um vinho excelente, São Miguel, escolhido pelo Paulo Pacheco.
Já agora, fiquem sabendo que o Nuno Barata já não tem o três. Se alguém o vir por aí, devolvam-no. O seu portátil agradece.

sábado, junho 25, 2005

Será Que Ele Vai?

A uma hora do jantar de aniversário do Foguetabraze, pergunto-me se será desta que vou ter a amável oportunidade de conhecer o Anónimo.

Só Vendo



Acreditem, este carro está estacionado.
Assim esteve pelo menos duas horas, acreditem.

quinta-feira, junho 23, 2005

Pateta!

No meio disto tudo, sinto-me um pateta, que trabalha para uma classe pateta, que é chefiada por gente… cala-te boca, que amanhã não sabes onde vais estar.

Estão de volta...

e eu vou lá estar!

quarta-feira, junho 22, 2005

O Desafio do Paralelepípedo

Tenho um par de colegas que gostam de me mostrar os cadernos, e fichas dos seus alunos. Entre uma dança, e uma canção, lá vou dando uma espreitadela nas contas e textos dos meus alunos.
Terça-feira propus a umas turma do 3º e 4º ano que fizéssemos o jogo do telefone. Não estava à espera de outra resposta que não fosse um sonoro e alegre “SIIIIIM!”.
Nem de propósito, um dos meus colegas chama-me, e mostra-me uma ficha de matemática de uma aluna de 10 anos:

Questão 3: Imagina que estás ao telefone, e tens um paralelepípedo na mão. Tenta descrever objecto ao teu amigo para que possa saber qual é, sem dizer o nome do objecto.

Resposta: Quem está do outro lado do telefone nunca vai adivinhar que eu tenho um paralelepípedo na mão.

Pergunto eu agora: Não estará esta aluna deslocada? Não seria necessário criar um programa especial para esta aluna? Mas um programa que pudesse incentivar o desenvolvimento da forma de pensar. É que se com dez anos ela dá respostas destas (consciente, ou inconscientemente), com um estímulo intelectual, acredito que daqui a uns anos, estaremos perante uma das maiores pensadoras açorianas.

nota: Sendo a música considerada um estímulo intelectual, sinto-me responsável pela forma de pensar de certos alunos meus.

segunda-feira, junho 20, 2005

Hellas

Posted by Hello


Esta já podemos atirar à cara dos Gregos. Eles têm a mania que estão sempre à nossa frente nas estatísticas. Ou será que nós é que temos a mania que estamos sempre a trás deles?
Ora vamos lá fazer uma estatística de países que já tiveram pilotos de fórmula 1 no pódio. Hum, quem é que fica a ganhar?

domingo, junho 19, 2005

Papa Lá Esta

Posted by Hello


Podia fazer um comentário político a respeito deste desenho. Podia tentar tirar daqui um moral da história. Podia dizer muitas coisas a respeito das capacidades artísticas do Rui Pimentel, o homem dos desenhos na Visão. Podia dizer muitas coisas, mas com o receio de não estar à altura de tal obra de arte (entenda-se isto como um elogio ao desenho, e não ao desenhado), vou apenas referir-me à minha reacção (à altura do desenhado) quando vi pela primeira vez o desenho:
Caguei-me de tanto rir.

sábado, junho 18, 2005

O Cowboy Sugere

Lembram-se daquele carequinha? Não, não é o que tem nome de cachalote. É aquele que tem cabeça de abóbora.
Está aqui mais uma recordação.

S

Parece que há aí um movimento para um novo acordo gramatical.
A moda agora é os jornalistas desportivos referirem-se ao téni do pé esquerdo, e ao téni do pé direito.
Senhores jornalistas, quando vocês estão a tirar notas, usam uma esferográfica, ou usam um “lápi”?

quarta-feira, junho 15, 2005

A Eva Existe

Nós a pensar que a Eva era apenas uma personagem de ficção bíblica (acreditem no que quiserem), e que vivia no Éden. Afinal, vive na Maia, e já aderiu à blogosfera, e tem uns delírios muito interessantes.
Procura-se o Adão.

Momentos de Camarada

Vinha a caminho de casa, depois de mais um cansativo dia de aulas, e como sempre, estava a ouvir as notícias. Quer dizer, eu queria ouvir as notícias, mas estava a dar um especial sobre o funeral do Álvaro Cunhal.
Estava concentrado a ouvir a sua primeira entrevista depois de ter regressado a Portugal após a revolução. Dei por mim, e estava a cantar a “Grândola, Vila Morena”.
Lembrei-me, e nunca mais me esqueço, que um dia cruzei-me com o Álvaro Cunhal na Escola Superior de Educação de Setúbal, e perguntei-lhe:
-Acha que a minha liberdade acabará quando começar a sua?
Com um olhar de grande fraternidade, igualdade e amizade, respondeu-me (e nunca mais me esqueço):
- Serás sempre um homem livre, enquanto puderes pensar.
Até amanhã…

segunda-feira, junho 13, 2005

Bela Cena

Bela cena a que nos conta o nosso amigo Cowboy.

Esclarecimento (ou Manisfestação Pública de Amizade)

Certa camarada minha não gosta que a trate por Sofia:

Cara camarada,
Não vale a pena exaltações, nem amuos.
Sofia, como deves bem saber, quer dizer sabedoria. Filosofia, como deves saber, quer dizer amizade à sabedoria. E um filósofo é um amigo da sabedoria, logo é um amigo de Sofia.
De cada vez que te chamar Paula Sofia, compreende que estou a salientar a minha amizade que tenho por ti.
Além do mais, gosto muito do teu segundo nome, por isso, considera um elogio eu chamar-te Paula Sofia.

Eugénio de Andrade 1923-2005

Já estava a sair do quarto quando ouço esta. Isto é muito forte logo de manhã.

Álvaro Cunhal 1913-2005

Esta não é uma notícia que se ouça às 8:45 da manhã. Um homem como Álvaro Cunhal não devia desaparecer assim sem mais nem menos.
Com Álvaro Cunhal morre também o mais genuíno do comunismo português. Talvez o único comunista verdadeiro português nos tempos de hoje.
Não podemos ficar indiferentes, independentemente das nossas ideologias políticas, à morte de um homem que acima de tudo lutou pela liberdade, pelos direitos e pela justiça.

Forte Dor (título influenciado pela minha nobre camarada Paula Sofia Leal)

A próxima descrição fi-la num comentário ao texto IV Semana Cultural da Maia, no Foguetabraze, mas não vos quero privar desta minha alucinante descrição criada às 3 da manhã, depois de um fim-de-semana de congresso, e véspera de um plenário sindical:

Sou licenciado. Tudo bem. Mas sempre que ouço Dr. Rodrigo de Sá, entra-me um arrepio pelo ouvido direito que dá uma volta completa ao aparelho auditivo, desce pelas vértebras e costelas, uma a uma, dá uma volta à cintura, estremece-me os joelhos, ganha velocidade e bate com toda a força na ponta do dedo grande do pé esquerdo, o que lhe provoca um efeito de ricochete, e volta para cima mais lento, o que faz com que a dor seja maior, para finalmente sair pelo ouvido esquerdo.

sexta-feira, junho 10, 2005

Enquanto Há Festa

Enquanto a Maia está em festa. Enquanto há música, há comida, há cultura, tudo a propósito da IV Semana Cultural da Maia, preparo-me para passar o fim-de-semana num hotel.

O Cowboy Ao Vivo

Mais pormenores no sítio do costume.

Em Dia de Luís, Lembro Afonso

Lembro-me muito bem do dia em que soube que ia passar férias em Lisboa pela primeira vez. Tinha 10 anos:
- Que coisas é que gostavas de ver em Lisboa? – perguntou-me a minha mãe.
- Gostava de ver o campo do Sporting, e o castelo do D. Afonso Henriques.

Hoje reparei na capa da edição do mês de Julho da revista Selecções do Reader’s Digest. O destaque ia para um artigo que se chama O Melhor da Europa. É uma selecção do melhor que há por esta Europa fora no que diz respeito lugares, aventuras, monumentos, festivais, hotéis, comidas, entre outras coisas.
Curioso saltei logo para a página do referido artigo, e começo a ver coisas muit giras, muito interessantes. Pensei: “Claro, Portugal nunca entra nestas coisas.”
Um pouco espantado, mas com a certeza de que é justo, olhei para uma fotografia muito familiar. Sem ler as legendas, fui tentando identificar de onde conhecia tais formas, e claro, era o castelo de São Jorge.
Sendo um admirador de D. Afonso Henriques, e tendo como o referido castelo um dos meus monumentos preferidos, não posso deixar de ficar indiferente a esta escolha de um conjunto de jornalistas internacionais.
É por estas pequenas coisas que acredito que Portugal ainda tem uma palavra a dizer na Europa.
Que venha então esta oportunidade para dizer a tal palavra. Será que temos para dizer a mesma palavra que outros países já disseram?

terça-feira, junho 07, 2005

Peito Cheio

Não sou vaidoso, nem convencido. Tenho a consciência de que apenas sou mais um que tem um blog. Mas, sempre que vejo o Danialice ou o Cowboy Cantor referidos em outros blogs, encho o peito e fico cheio de mania. O mesmo deve acontecer a tantas outras pessoas que têm os seus blogs mencionados noutros blogs.
Às vezes nem faço a ideia de quem é o autor do blog que faz referência aos meus dois blogs, mas não deixa de ser sempre um motivo de orgulho alguém dar destaque aos meus cantinhos, que são apenas duas gotas neste mar imenso que são os blogs açorianos.
Desta vez o Danialice vem referido no Planeta Açores, que está em linha desde o dia em que acabou o campeonato nacional da primeira divisão de futebol.
Segundo Milton Gago da Câmara, o autor deste planeta, e passo a citar, “o Planeta Açores reúne actualmente um conjunto dos blogs açorianos com bastante relevo”.
Até fico corado.

segunda-feira, junho 06, 2005

Talvez Não Tenha Sido Neste Planeta

Estou a tentar começar este texto com um comentário à situação que vou descrever, mas não encontro palavras que possa adequar a uma situação como esta.
Às vezes passo os olhos pelas revistas cor-de-rosa para elevar a minha auto-estima intelectual, apanha-se com cada asneira, que o melhor é mesmo pensar: em comparação com esta gaja, sou um ser supremo intelectualmente.
Hoje li que a Wanda Stuart, sobre a qual não me atrevo a fazer comentários aos seus dotes (?) artísticos, conheceu o actual namorado numa viagem aos Açores, quando veio actuar no Coliseu São Micaelense (!?). Na altura o Nelson, o homem da mulher, era guia de safaris em São Miguel, e conheceram-se os dois num safari em que o Nelson mostrou a ilha à Wanda.
Como se pode reagir a comentários destes? Acusando a entrevistada de falta de informação, ou acusando os responsáveis pela entrevista?
Ou a Wanda Stuart sofre de dislexia cognitiva (nem sei se isto existe), e não sabe o que é um safari, ou então o entrevistador (que não me atrevo a chamar de jornalista, para não ofender os que realmente o são) sofre de uma ignorância anormal, e deixou passar aquela do safari em São Miguel.
Quanto ao Coliseu São Micaelense, quero acreditar que foi apenas um engano do momento.

domingo, junho 05, 2005

Instante

A fotografia não é de mestre, mas um morcego às 10 da manhã não é coisa que se veja todos os dias.
Estava este morcego perdido no parque da Pedreira do Nordeste. Disparei 18 vezes, mas só o consegui apanhar nesta.
De qualquer forma, desafio um profissional a tirar uma fotografia a um morcego durante o dia. Posted by Hello