sábado, fevereiro 23, 2008
Já Não Estou Só
Já existe mais um podcast feito nos Açores. É um podcast virado para um público jovem, em idade escolar do ensino básico. Portanto, para os filhos e netos da maioria dos leitores deste blog.
Está aqui o podcast Rádio Escola de Ginetes.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
A Ministra da Educação
domingo, fevereiro 10, 2008
O Teatro Micaelense Transformou-se Num Templo
Se Beethoven foi um Deus, e foi com certeza, toda a sua obra seria o que os Cristãos chamam Bíblia, ou os Muçulmanos o Alcorão.
Quem divulga as palavras da Bíblia são os profetas. Quem segue as palavras de Deus são os discípulos.
As palavras de ontem de Alexandre Delgado, que antecederam a apresentação de 1ª e 2ª Sinfonia de Beethoven em piano, no Teatro Micaelense, soaram como se um discípulo de Beethoven tivesse subido ao palco para transmitir as suas palavras. Neste caso, as notas que Beethoven ordenou para uma orquestra sinfónica, e que foram adaptadas para piano a quatro mãos por Alfredo Casella. Quando António Rosado e Alexei Eremine começaram a tocar o primeiro andamento da 1ª Sinfonia, percebi uma coisa: se Alexandre Delgado era um discípulo, os dois pianistas seriam certamente profetas.
O que os dois pianistas demonstraram foi que a música de Beethoven não precisa de grandes orquestras para encher a alma. A música de Beethoven vale por si mesma. As mudanças radicais de intensidade, de tonalidade, de ritmo. Melodias principais nos graves, os agudos que sobem aflitivamente, quase como quem grita “agarrem-me, se não caio, ou então dêem-me mais escala no instrumento”. Tudo isto vale por si. Porque Beethoven era, sempre será um Deus da música.
A grande diferença entre Beethoven, e outros mestres nas sinfonias, Haydn e Mozart, era que Beethoven não era tão produtivo. Daí que as suas sinfonias sejam obras muito mais trabalhadas.
Voltemos à noite de ontem.
Alexandre Delgado disse que o segundo andamento da 2ª Sinfonia era o momento mais belo de toda a música de Beethoven. Talvez sim. Talvez não. Ao piano, parece realmente que este segundo andamento é um dos melhores momentos de Beethoven. No entanto, o quarto andamento da 5ª Sinfonia é para mim o melhor momento de toda a música de Beethoven, sendo que a 5ª Sinfonia é para mim a obra mais bela que alguma vez se compôs.
Se Beethoven era um Deus, Alexandre Delgado um discípulo, e António Rosado e Alexei Eremine profetas, então ontem à noite o Teatro Micaelense foi o templo de adoração ao maior Deus de toda a história da Música.
nota: esta é a minha forma séria de analisar o concerto de ontem. Aqui, as coisas são analisadas de forma um pouco diferente.
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Estou Com Os Passos Pesados
Ontem o meu pai queixou-se:
- Nunca mais puseste nada no Danialice.
Hoje, com a Maura a meu lado, ouço:
- Nunca mais ouvi o teu podcast. Quer dizer, nunca mais fui ao teu blog. Tens alguma coisa nova?
Respondo que não, há mais de um mês. Continua a Maura:
- É o que acontece a quem tem namorada a chateá-lo todo o dia, não é?
É óbvio que esta não é a razão pela paragem prolongada dos meus blogs. A razão, ou razões são muitas.
Passo horas a conduzir dentro da desorganização rodoviária de Ponta Delgada. Chego a casa fartíssimo de aturar as malcriações dos filhos dos outros. E como se não bastasse, telefonou-me há dias o Toni Pimentel:
- Hei amigo, queres vir tocar teclados para os Passos Pesados?
- Claro que sim.
E pronto, como tinha pouco tempo para os blogs e podcast, fiquei ainda com mais uma responsabilidade. Literalmente, estou com os Passos Pesados. Ensaios duas vezes por semana no estúdio, e quando calha sozinho em casa. Até já tive direito a gravar dois temas no novo álbum que vai ser lançado brevemente.