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A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

quarta-feira, novembro 25, 2009

Presumivelmente suspeito

O suspeito entrou na sala onde estavam dezenas de alunos mais alguns professores. O suspeito trazia uma caçadeira de canos cerrados. O suspeito barricou-se numa sala após a evacuação das presumíveis vítimas de um presumível rapto.
As negociações decorreram sempre pela normalidade entre a polícia e o suspeito, à excepção de um tiro vindo da sala onde estava apenas o suspeito. O tiro terá sido presumivelmente disparado por acidente pelo suspeito.
A polícia conseguiu fazer com que o suspeito de se entregasse.
Um homem entrou numa escola com uma caçadeira à vista de dezenas de pessoas. Depois fechou-se numa sala sozinho. A P.S.P. considera-o suspeito de ter entrado na escola à vista de muita gente, de se ter fechado numa sala, de ter falado com a polícia e de ter disparado um tiro, ainda que por acidente, numa sala onde só estava ele e mais ninguém.
Apesar de tudo, é suspeito. O suspeito e o presumível suspeito.
Assim se compreende por que razão os processos nos tribunais levam tanto tempo a serem resolvidos, quando têm a sorte, ou o azar para os condenados, de não prescreverem.
Há mais protecção da inocência de um acusado, do que propriamente a protecção da vítima.


quarta-feira, novembro 18, 2009

O Rapaz do Cavaquinho

Esta semana não há mesmo Cowboy Cantor. Em vez disto, informo que já está activo um outro projecto que só não entrou mais cedo em actividade porque ainda não tinha encontrado um nome certo.
Já agora, para o caso de ainda não terem percebido, apesar de não actualizar as informações sobre as minhas emissões, o Cowboy Cantor não parou nas últimas duas semanas.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Everyone Is Gay (Kurt Cobain, in "All Apollagies")

Isto mexe-me com os nervos. Ataca-me o estômago. Cada vez que ouço a palavra, fico com vontade de me flagelar.
Com ou sem casamento, pelo amor de quem amam, sejam ele ou ela, parem com esta mania do "gay".
Esta palavra não é portuguesa. É feia. Traz outras conotações, as quais implicam o respeito pela masculinidade dos homossexuais.

domingo, novembro 01, 2009

António Sérgio

Interrompo as publicações semanais do Danialice por causa desta notícia:


Não me lembro quando foi a primeira vez que ouvi a voz do António Sérgio, nem me lembro também da primeira vez que o vi.
Depois de já ter lido muito sobre ele e muito ter ouvido falar dele, a primeira vez que o ouvi, sem saber que era o António Sérgio, pensei:
- Este é que deve ser o António Sérgio.

Não me tinha enganado. Estava de facto a ouvir um programa na rádio do António Sérgio. E digo um programa de António Sérgio, porque era ele que fazia os seus programas.
Contra as listas pré-definidas, ou automáticas, não escondo a minha admiração por este homem que a única forma que sabia fazer rádio era ser ele a escolher o som que se ouvia do outro lado do aparelho e fazia de cada momento radiofónico um momento de companhia. Afinal de contas, a rádio devia ser sempre assim.
Ao contrário do que é prática corrente nas rádios nacionais, e lamentavelmente, regionais, salvo raras e honráveis excepções, cada momento de rádio com António Sérgio era um momento para a descoberta de algo novo, e acima de tudo, a paixão de ouvir e música e rádio. Acima de tudo, sentia em António Sérgio um homem que gostava de fazer companhia.
Nada de carregar no auto-play, ou shuffle, e falar uma vez por hora para dizer as horas.
Se houve alguém que desafiou os portugueses, mas sobretudo o sistema, a começarem a ouvir rock e punk rock, foi António Sérgio.
Foi com ele que uns desconhecidos Xutos & Pontapés começaram a ser ouvidos nos inícios dos anos 80 na rádio portuguesa.
António Sérgio morreu, e com ele morre mais um dos meus ícones.

Durante esta semana, é imprescindível ouvir as últimas emissões já gravadas de António
Sérgio, que irão para o ar na Radar Lisboa (entre as 22:00 e as 24:00, hora dos Açores)