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sábado, fevereiro 19, 2005

O Voto Útil

Este texto surge na sequência de um texto publicado no :Ilhas. O Carlos Riley tornou pública a sua intenção de voto, o qual vai ser em branco. Nos comentários, Nuno Barata, cabeça de lista por um dos partidos às eleições de amanhã, acha que o voto em branco é inútil. Alguém contra-argumentou que é um voto útil.
E eu acho o seguinte: A abstenção quer dizer que o povo está a passar à margem de todo o movimento político do país. Um voto num partido quer dizer que o povo reconhece numa lista o seu rosto e a sua voz no Parlamento.
Um voto em branco significa que a classe política tem que melhorar. Ou seja, um voto em branco é muito útil, pois deveria incentivar os políticos a mudar as suas estratégias, pelo menos durante as campanhas. Mudar as pessoas que compõem as suas listas e os seus governos. Um voto em branco é uma forma de as pessoas dizerem que estão vivas. Querem uma vida melhor, mas acreditam que nenhuns dos candidatos às eleições são a melhor solução.
Não estou a apelar ao voto em branco, nem ao voto num partido qualquer. Muito menos apelo à abstenção. Apenas acho que é altura nós não sermos tão radicais e destruidores, nas análises que fazemos em relação às intenções de votos que não são iguais às nossas.
Um voto, seja na esquerda radical, na direita radical, no centro-esquerda, no centro-direita ou numa coligação, é sempre um voto. Um voto em branco é um voto que conta também. Se não contasse, não entraria na contagem dos votos em branco, mas sim na contagem dos votos nulos, ou na contagem das abstenções.
Eu apelo ao voto. Em branco, a preto, às cores, com bonecos, sem bonecos. Como quiserem. O importante é que não fiquemos em casa.

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