Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Leia, assine e divulgue!

A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Flagrante

Hoje, na última página do Açoriano Oriental, vem uma fotografia de uma cartaz do Partido Socialista que tem como título “Poluição visual”. A legenda completa que “ainda mal deixámos as eleições regionais e já está de volta a poluição visual com as legislativas nacionais”. Estava assim mesmo, sem mais vírgulas, nem pontos.
Não será falta de consciência apelidar de poluição visual um cartaz, que apenas cumpre um direito de uma associação política, e apela a um dever de todos os cidadãos? O dever que é votarmos. Não será cedo demais andarem a denunciar este partido por poluição visual, quando todos os outros farão o mesmo?
Já agora, parem com esta mania irritante e ridícula de dizer e escrever “timing”. Em português temos outras palavras mais bonitas, e mais concretas. “Dirigente máximo do CDS-PP condena o “timing” escolhido por Sampaio, bem como a agravante do discurso ter sido feito na Região”. O “timing” aqui significa o quê? Prazo? Altura? Momento? Oportunidade?Usar uma destas palavras portuguesas, evitava duas coisas. Uma era o uso de aspas, que num jornal não resulta muito bem graficamente, e a outra seria uma segunda leitura desta frase, para perceber se este “timing” é oportunidade, altura, prazo, momento, ou outra coisa qualquer. Para mim, é desleixo gramatical.

4 comentários:

Carlos Estrela disse...

O que seria de esperar? Com a qualidade jornalística(imprensa escrita) que temos, ainda há quem se queixe dos baixos índices de leitura dos açorianos. Por esse andar, qualquer dia temos padeiros, lavradores e pescadores a escrever melhor do que aqueles que receberam anos de formação jornalística!

Rodrigo de Sá disse...

Seria de esperar muito mais daquele que é o jornal mais antigo de Portugal.

Francisco disse...

Pensei mais ou menos o mesmo ao ver aquela foto e comentário do cartaz... e completamente de acordo em relação ao "timing"! :)

Rodrigo de Sá disse...

Mas também é preciso ver que esta mania está generalizada a toda a comunicação social. É o que eu digo, qualquer dia é preciso tirar um curso de inglês, para se poder perceber portguês.