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A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

quinta-feira, novembro 24, 2011

É geral

Há uns anos, talvez em 2007, no máximo princípio de 2008, uma colega minha disse que isto ainda havia de correr muita tinta, mas sobretudo algum sangue. Não estava a ser irónica, nem a fazer metáforas. Estava literalmente a falar em sangue: "Há-de correr sangue". Dizia ela.
Em princípio eu não acreditei que as coisas fossem piorar tanto. Sobretudo porque acreditava que os responsáveis pela gestão do país começassem a pensar nisto. Era um ingénuo. Eu e muita gente.
Mais tarde, ao ver o panorama, comecei a acreditar que realmente as coisas iam piorar. Mas nunca pensei em sangue. Aliás, não acreditava nisto. Violência porquê? As pessoas hão-de conversar, falar e havemos de sobreviver.
A terceira etapa passou por perceber que isto poderia realmente dar em sangue derramado. Hoje esteve quase.
Já estou na quarta etapa. Aquela fase em que deixamos de perceber ou prever uma coisa, e começamos a desejar que ela aconteça. Há-de correr sangue, há-de haver vidros partidos, carros pelo ar, focinhos desfeitos. Mas aquela gente, os senhores, os Limas, Godinhos, Sousas, Coelhos, estes gajos (porque daqui para adiante é de gajo para baixo), estão a precisar que alguém lhes faça um tratamento facial gratuito. Talvez percebam certas coisas que já lhes tentaram dizer a bem.

sexta-feira, novembro 04, 2011

A legitimação da abstenção

Eles são pagos para sentarem o rabo nas cadeiras da assembleia, recebem subsídios até para as flatulências. De muitos nunca se ouviu voz, ou sequer se viu a cara. Chegam atrasados, e saiem antes da hora, e ainda assim decidem abster-se na votação do orçamento de estado. E nós é que somos uns irresponsáveis quando nos apetece passar a tarde de Domingo em casa, ou na praia, em vez de pegar no nosso carro, gastar a nossa gasolina, comprada com o nosso dinheiro e ir votar.
Eu não sei se me vou abster nas próximas eleições. Uma coisa é certa, as próximas constituições da Assembleia da República ou Regional não vão ser à custa do meu voto. Se vier por aí adiante um partido dos koalas, ornitorrincos, ou dos pinguins, terá muito mais probabilidades de receber o meu voto, do que outro qualquer.