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A Minha Rádio Podcast: Cowboy Cantor

sexta-feira, julho 31, 2009

38 Graus à Sombra

Aqui 38º à sombra, 40 durante o dia.
Azul, só no céu. Mar, nem vê-lo. Aliás, só se vê azul. Branco no céu também não se vê.
Às 11 da manhã uma cerveja é como uma micro-Aspirina durante uma enxaqueca às 3 da manhã: é água milagrosa.
Évora continua uma cidade bonita.
Até Setembro.

Última emissão do Cowboy Cantor (67ª em 28/07/09):

Transferência do mp3 desta emissão aqui (mp3 30,07 mb/32’50’’)
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quarta-feira, julho 22, 2009

A Segunda Petição Mais Assinada da Internet

À falta de assunto que mereça as minhas palavras, e já com cheiro aos 40º de Évora à sombra, durante a noite (há-de ser para a semana se Deus quiser), apenas deixo uma nota para a assinatura de uma petição.
Não sou dos que acreditam muito nas petições via Internet, mas esta até tentei.
Trata-se da criação de um domínio na Internet que seja “.music”. Tal como o “.com” é para comercial, o “.org” é para organizações, o “.pt” é para páginas de Portugal, com o “.music” pretende-se identificar todos as páginas relacionadas com a música.
Dizem os responsáveis que esta petição é a segunda mais assinada, com mais de 700 000 assinaturas (apenas atrás da petição a favor da libertação do Tibete.

Mais pormenores em http://www.music.us/

Emissão desta semana do Cowboy Cantor (66ª, publicada a 20 de Julho):

Transferência do mp3 desta emissão aqui (mp3 34,98 mb/38’13’’)

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quinta-feira, julho 16, 2009

A Ministra mente. Portanto, é mentirosa.

A Ministra mentiu, e vai continuar a mentir. Portanto, se mentiu, foi mentirosa. Se vai continuar a mentir, continuará a ser mentirosa.
A Ministra não sabe fazer contas. Portanto, se não sabe fazer contas, é bom que as faça bem e já comece a descontar um voto para Setembro.
A Ministra da Educação hoje à tarde referiu na R.T.P. Notícias que a maioria dos professores aceitou a avaliação.
Em primeiro lugar, estou farto (estamos fartos) que se fale na avaliação dos professores como se nunca tivesse havido avaliação de professores. O que se discute, mas isto não se ouve por parte da boca dos senhores que ainda governam o país, é um modelo novo de avaliação, e não a avaliação. Depois, dizer que a maioria dos professores aceitou a avaliação é uma asneira tão grande, tão grande, que até parecia que vinha da boca do Mick Jagger. Se no estatuto da carreira docente está que um professor deverá ser avaliado, e esta avaliação é segundo o modelo que este ministério apresentou, como poderemos falar em aceitar ou não? Se eu sou professor, e tenho um estatuto, não tenho mais do que simplesmente respeitar este estatuto. Os professores não aceitaram esta avaliação. Nem sequer se pode dizer que foram obrigados a aceitar. Fez-se simplesmente a avaliação segundo este modelo novo, e pronto. O tal modelo que impõe cotas à progressão na carreira. O tal modelo que incentiva ao compadrio e ao trabalho individual. O tal modelo que faz o professor se preocupar mais consigo próprio, com a imagem que tem na escola, do que propriamente com a aprendizagem dos alunos.
Não estou a falar em números. Estou simplesmente a falar em aprendizagem.
Os números dizem que desde que entrou este governo, houve uma percentagem de alunos retidos muito menor do que até então. Os números dizem que Portugal está no bom caminho. Pois eu digo que tenho alunos que chegam ao 9º ano sem saber que Cláudia leva acento agudo no primeiro “a”. Tenho alunos de 16 anos no 8º ano que não sabem a diferença entre “concelho” e “conselho”, que acham que “desejaste” é o mesmo que “desejas-te”, e que acham que chamava-se latim à língua que agora se fala em Espanha (já nem me atrevi a explicar que em Espanha não se fala espanhol, apenas que latim era uma coisa diferente).
Os números são fantásticos. Na ilha das Flores uma vez houve 100% de positivas no exame de Matemática. Ora, 100% de 1 é… 1. O rapaz percebe bem de Matemática. Deveria ir dar umas aulas à Ministra da Educação, e explicar-lhe que 120 000 professores a marchar contra o Ministério da Educação, são de facto a maioria, e que dos outros 10 000 professores que não estavam lá, a grande maioria não pude mesmo ir, enquanto que uma imensa minoria lambe botas.
A Ministra da Educação, e o actual governo que não se enganem da próxima vez que falarem em maioria.

quarta-feira, julho 15, 2009

Mensagem do Meu Umbigo

Esta semana apetece-me falar de mim.
Apetece-me dizer que tenho um programa de rádio-podcast que é muito bom. É mesmo uma coisa fora de comum. Grande som. Grandes bandas. Música original, sem preconceitos e sem imitações. Artistas independentes, sem editoras, ou de editoras independentes. Não porque os artistas pertencentes às grandes multinacionais não sejam bons, mas sim porque os independentes são melhores.
O Cowboy Cantor é bom, não porque é apresentado por mim, não porque eu sou bom a fazer programas de rádio, mas sim porque felizmente consigo encontrar todas as semanas sete bons temas que estão abrangidos pela licença Creative Commons, ou há artistas que entram em contacto comigo para saber se gosto do seu som e gostaria de passar temas deles no meu podcast.
Esta semana reforço a ideia de que o Cowboy Cantor é a arte, mas acima de tudo, o gosto de partilhar a música. A música que eu guardo no meu computador, no meu leitor de mp3. A música que é boa demais para que eu seja egoísta.
A música que me tem valido alguns momentos muito bons desde Janeiro de 2006. Depois da entrada para a Association of Music Podcasting, e de ter sido aceite na directoria de podcasts do iTunes, agora valeu-me o destaque, através de uma entrevista na Ariel Publicity.
Não sei se o Cowboy Cantor continua a ser o único podcast dos Açores sobre música, mas foi o primeiro a aparecer por estas ilhas. Não é um orgulho, nem vaidade, é apenas a necessidade de haver mais divulgação de artistas como os que passam pelo podcast.
Emissão desta semana do Cowboy Cantor (65ª):
Transferência do mp3 desta emissão aqui (mp3 28,75 mb/31’21’’)
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quinta-feira, julho 09, 2009

A Alternativa Legal

Se a lei do aborto não tivesse sido aprovada em Portugal, de certeza que muita gente não teria ainda comprado um computador com o Windows Vista.

Esta semi-aberração da Microsoft, por um lado aborto, por outro indicador do real valor do Windows para trabalhar com multimédia, já fez os seus efeitos cá por casa. Vamos mudar para Machintosh.
Tentando encontrar algum utilizador de Mac, que tivesse uma versão pirata do pacote completo da Adobe para tratamento de imagem e vídeo, lembrei-me de uma solução possível, legal e gratuita, em vez da solução grátis e pirateada.
Basta uma pesquisa do programa desejado, e acrescentar à frente open source, e é muito provável que encontremos um programa open source com as mesmas capacidades e qualidade da sua versão comercial. Por exemplo: "Photoshop open source", "autocad open source" ou então "pro tools open source".
As vantagens são que os programas open source são gratuitos, estão em constante desenvolvimento pelos próprios utilizadores, por vezes utlrapassam as limitações das versões comerciais, e acima de tudo, são divertidos.
Descobri então um sítio que é uma verdadeira enciclopédia do melhor que existe em open source. Passando por edição de imagem, vídeo, som, documentos, construção de páginas, entre outras coisas.
O próprio nome do sítio diz tudo: Open Source as Alternative.
Recomenda-se, quanto mais não seja para saber um pouco mais sobre programas open source.

Emissão da semana do Cowboy Cantor, a 64ª, com apresentação do artista do mês de Julho:

Transferência do mp3 desta emissão aqui (mp3 30,90 mb/33’45’’)
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quinta-feira, julho 02, 2009

Auto-avaliação Moderna

Era a última aula com o 8º A. A turma entrou, ou melhor, metade da turma entrou, uma vez que Educação Musical e Educação Tecnológica funcionam por turnos. Depois de uma pequena experiência sonora, passámos de vez à hetero-avaliação, pois não havia auto-avaliação que me convencesse.
Confirmando o número de alunos que a turma tem, comecei a escrever no quadro:
2 - 5

4 - 4

4 - 3 (ou 6 - 3)

2 - 2 (ou 0 - 2)

Olhei os alunos e disse:
- Então, como vocês são 12, o que está no quadro são as notas que vou dar. Ou seja, vou dar a duas pessoas 5, vou dar a quatro 4, dou a quatro 3, e dou a duas pessoas 2. Independentemente do que fizeram este ano. É assim que dou as notas.
- Oh professor, isto é injusto.
A delegada de turma defende sempre os colegas.
- Ai é? Acham que é injusto eu fazer isto? Então eu chamo a delegada ao quadro, e ela é que decide que apanha o quê.
O silêncio, e a incredibilidade foi total. Ninguém queria acreditar que era assim que eu iria avaliar aquela turma.
Depois de alguns momentos de hesitação, de olhar para o quadro, e desconcertadamente olhar para os colegas, lá perguntou:
- O professor tem a certeza que é assim? Eu não posso dar mais do que dois 5?
- Não. Estas são as notas que eu decidi que iria dar.
- Oh professor, mas há mais pessoas que merecem 5, e ninguém merece 2.
- Queres fazer isto, ou não?
- Tem mesmo de ser?
- Não queres fazer, não é? Está bem... senta-te.
Ainda com turma um pouco incrédula em relação a este sistema que arranjei para avaliar, expliquei:
- Claro que não vou fazer isto, mas a Sra. Ministra da Educação quer fazer isto aos professores, e quem avalia são os coordenadores.
- Oh professor, e se um professor for amigo do outro? Tem melhor nota só porque é amigo?
- Exactamente.
- É injusto.


Emissão desta semana do Cowboy Cantor (63ª):

Transferência do mp3 desta emissão aqui (mp3 29,3 mb/32’02’’)
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