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quarta-feira, junho 08, 2011

Indecências gráficas

Há algum tempo escrevi aqui neste espaço que não sabia quando, ou se voltaria a falar do acordo ortográfico. A verdade é que as coisas estão a chegar a um ponto tal que, para além de continuar a achar que muito feia a nova grafia, já começa a ser indecente a utilização daquilo a que chamam a Língua Portuguesa Universal Escrita.
Ora, universal nunca vai ser enquanto no Brasil se chamar o bombeiro para desentupir canos, e este tiver de vir de corona no ónibus.
Ao longo deste ano lectivo fui-me deparando com uma dificuldade que foi meter na cabeça dos meus alunos qual a diferença na letra E em palavras como quarteto e arquitecto. Mas também, depois da futura ex-ministra da educação, a pedo-escritora Isabel Alçada, ter dito que os professores não deveriam estar sistematicamente a corrigir os erros de oralidade dos alunos, porque estes erros fazem parte da vivência e cultura de cada criança, não vejo sinceramente por que razão me hei-de preocupar com a correcta pronunciação das palavras. É o que digo, viro-me para o inglês, francês e talvez venha a aprender alemão e uma língua qualquer eslava.
A indecência do acordo ortográfico atinge limites insuportáveis quando órgãos de comunicação social, supostamente de referência e respeitáveis, aplicam desnorteadamente a nova grafia da língua portuguesa. Percebam uma coisa: palavras como sector ou contacto não perdem o C, pela simples razão de que em sector e em contacto a letra C é pronunciada, por mais leve que seja, mas é pronunciada e audível.

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